Excelência em treinamento de mergulho desde 2009.

Mergulho, o hobby mais completo que você pode ter!

19/02/2019 | Luiz Felipe Puntel

Mergulhar não é apenas ficar debaixo d´água. Nosso esporte ou hobby envolve bem mais que isso. Para começar a mergulhar é necessário realizar um curso que entre outros assuntos envolve física, fisiologia, meio ambiente, biologia e controle de stress. Isso já mostra um pouco sobre quão completo é a atividade. Você consegue pensar em outras atividades que envolvam tantos assuntos diferentes? E isso é o que um mergulhador aprende ainda no curso básico, ou seja, no início de toda a história. Depois de ter sua credencial em mãos, um mergulhador tem várias opções de treinamento e vários caminhos diferentes à seguir. E o melhor é que um não impede o outro e dentro destas opções você pode ir e vir sem qualquer prejuízo para seu treinamento. De uma forma resumida existem os cursos na linha recreativa, onde o mergulhador pode aprofundar seus conhecimentos mas mantém o foco em um mergulho mais suave, focado talvez em vida marinha, em fotografia subaquática ou simplesmente na deliciosa sensação de estar debaixo d´água em um contato tão íntimo com a natureza. E existe também o caminho do mergulho técnico, que envolve planejamentos mais complexos, treinamentos mais precisos, técnicas apuradas e muita dedicação. Estes últimos permitem mergulhos mais exploratórios, sejam em cavernas, naufrágios ou locais profundos pouco visitados. E em cada "ramo" deste, os desafios são propostos pelo próprio mergulhador. É você que molda sua vida no mergulho.

Nosso Planeta Terra, que obviamente deveria se chamar Planeta Água oferece uma diversidade infindável para os mergulhadores. Para os leigos, mergulhar não se mostra tão diverso. Já os que levam a atividade à sério vivenciam experiências incríveis e totalmente diferentes quando conhecem um novo ponto de mergulho. Tudo muda. A cor da água e a temperatura são fatores fáceis de perceber mesmo quando se está na praia. Mas e o tipo de fundo? Será que esta ilha tem um fundo rochoso? Ou teria um fundo coberto de corais? Quais os animais que vivem aqui? Será que os habitantes são peixes coloridos como num desenho animado ou são animais marinhos maiores como os tubarões e raias manta? Essas são perguntas que apenas os mergulhadores podem responder e viver. E o melhor é que até quando estamos falando do mesmo ponto de mergulho, dias diferentes trazem surpresas diferentes. E essa dinâmica dos mares aumenta ainda mais o encanto do nosso hobby. E mesmo depois de centenas de mergulhos, quando você já estiver muito acostumado com um lugar ou com um tipo de vida marinha, você pode começar a prestar atenção em outras coisas que ainda não tinha percebido. Esse é um caminho normal para todos os mergulhadores. Até hoje não conheci nenhum, nenhum mesmo, que tenha enjoado de mergulhar! Se você está lendo esse artigo e agora pensou "eu enjoei", eu te desafio a fazer uma auto reflexão e pensar quantas experiências diferentes você teve no mergulho e se você realmente enjoou ou deixou de mergulhar por outros motivos.

Quer exemplos? Quando começamos a mergulhar, um dos animais que mais nos chamam atenção são as tartarugas. Lindas, graciosas, com um ar sereno e aquela carinha mal humorada mas sempre doce. Não tem UM mergulhador que deixa uma tartaruga passar em branco! Mas com o tempo você vai se acostumar e aquela empolgação de ver uma tartaruga naturalmente vai passar. E aí você vai começar a reparar em outros peixes que sempre estiveram ali enquanto você ficava atento buscando as simpáticas tartarugas. E quando se acostumar com estes peixes você vai começar a se interessar pelo comportamento de cada espécie e isso vai te fazer sentir ainda mais conectado com o fundo do mar. Vai reparar que peixes da mesma espécie normalmente se comportam da mesma forma e aí é hora de brincar de adivinhar o que aquele peixe amarelo vai fazer em seguida! O tempo vai passar e você vai querer mais. Será o que mais que existe aqui que eu ainda não reparei? E vai começar a prestar atenção na vida macro! Aqueles seres minúsculos, bem menores que suas unhas, que vivem às centenas em um único metro quadrado. E você vai achar ali um novo mundo! Nudibrânquios, corais, anêmonas, cavalos marinhos, pequenos crustáceos e muito mais. E novamente você vai estar com um novo desafio! Como estes bichos interagem com o mar e com os outros animais? E depois de tanto admirar provavelmente vai surgir a vontade de registrar tudo isso e mais uma vez uma nova porta vai se abrir, a da fotografia subaquática. E com ela, dezenas de novas oportunidades de aprender, estudar, evoluir e se conectar ainda mais ao mar. A sensação é que o filme irá se repetir, fotografando as tartarugas, depois os peixes coloridos e lá na frente o mundo das pequenas criaturas. E anos depois, quando você estiver bem concentrado admirando os detalhes microscópios de um colorido nudibrânquio e tentando uma foto diferente, uma imensa tartaruga vai passar ao seu lado e roubar sua atenção, para te lembrar que o mar é isso: um mundo que será sempre novo para nós humanos.

Então meu conselho é: mergulhe de cabeça! Repita, estude, aprenda, se desafie, procure o novo, se encante. Conheça novos destinos, novas espécies, novos parceiros de mergulho, novos mares e ares. Assim, Netuno nos garante um hobby cheio de novas emoções para toda a vida.

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Medos e o Mergulho

14/09/2018 | Luiz Felipe Puntel

Ha alguns dias um vídeo do ator Will Smith circulou pela internet após sua primeira experiência com o mergulho. No vídeo Will Smith explica antes de mergulhar que não seria fácil pois se tratava de seu MAIOR MEDO. Ele não sabe explicar de onde vem este medo mas tem relação com não conseguir respirar. Então ele resolveu encarar e foi para a Grande Barreira de Corais na Austrália. Depois das instruções e prepatativos ele faz seu mergulho acompanhado por dois instrutores e tudo corre bem, inclusive com a presença de alguns tubarões que devem ter deixado o ator ainda mais apreensivo. No vídeo dá pra ver seu nervosismo real, sua respiração ofegante e sua agitação. Mas também mostra o bom humor com que ele encarou a situação e principalmente sua grande motivação que era justamente vencer o medo. No final ele diz: "Não se preocupe em gerenciar a situação, preocupe-se em gerenciar sua mente. Treine sua mente para ficar calma mesmo no olho do furacão."

Ao ver este vídeo é fácil lembrar de vários alunos que entraram em sala de aula com um pé atrás. Medo de ficar sem ar, medo da sensação de confinamento, medo de tubarões e por aí vai. Quando um ser humano se propõe à respirar debaixo d´água é normal e perfeitamente compreensível que estes medos apareçam. Mas o melhor da história é que o medo pode ser um grande aliado. Ele nos diz até onde devemos ir, até onde é seguro, até onde nos sentimos confortáveis. Não podemos esquecer e deixar de lado os nossos medos pois aí sim estaremos em maus lençóis. Debaixo d´água é importantes conhecermos bem o que estamos fazendo. Treinamento, conhecimento, prática, disciplina e investimento pessoal; isto tudo é necessário para se formar um bom mergulhador. Mas para se tornar um grande mergulhador é necessário também um medo controlado. Este medo controlado nos faz estudar mais, praticar mais, ampliar aos poucos nossa zona de conforto e principalmente evoluir com bases sólidas. Assim se formaram os melhores mergulhadores que conheço.

Mas afinal, de onde vêm estes medos? Somos mamíferos terrestres e apesar de sermos nadadores razoáveis nosso corpo não foi adaptado à natação e muito menos à respirar debaixo d´água. Fazer isso obviamente vai contra nossos instintos portanto trará medo, desconforto ou desconfiança. Para alcançarmos um bom nível de conforto debaixo d´água é necessário primeiro conhecer o equipamento que nos permite isso para que então possamos confiar nele. Depois é necessário treinamento, horas de treinamento. Algumas pessoas conseguem se sentir bem debaixo d´água com poucos minutos de atividade mas a maioria precisa de mais tempo. Quando falo em "sentir bem", não digo apenas conseguir mergulhar alguns minutos mas sim ficar 100% à vontade debaixo d´água, esquecer completamente da superfície e se sentir totalmente integrado ao fundo do mar.

E o medo de tubarões e outros seres perigosos que habitam os mares? Basta olhar uma ilustração dos antigos mapas de navegação que fica claro o medo que os homens sempre tiveram do mar. Monstros e criaturas assustadoras desenhadas em todos os mares. Livros e filmes criaram figuras como o Kraken, Moby Dick, as Orcas Assassinas, o implacável tubarão de Spielberg e dezenas de outros caçadores de humanos. O mar não é nosso habitat natural e mais uma vez é compreensível que tenhamos medo. Mas basta pesquisar um pouco e estudar os fatos e estatísticas que percebemos que as chances de um problema com eles são mínimas e que é muito mais perigoso dirigirmos da nossa casa até o cais de embarque do que mergulhar. Infelizmente a falta de conhecimento afasta muita gente dos benefícios do mergulho.

E então, o que fazer com esse medo? Lembre-se do que o ator disse: a questão não é se você consegue controlar a situação e sim se você consegue controlar a sua mente! Encare seu medo, dedique-se, treine, invista e pratique muito! Infelizmente, a maioria dos mergulhadores não chegarão à um nível de conforto 100%. O mundo de hoje exige coisas "express" com resultados rápidos e fáceis. E não há como resolver milhares de anos de instintos e décadas de cultura de uma forma "express". Então qualquer um que deseje iniciar na atividade deve ter ciência que é possível sim fazer os mergulhos com um treinamento relativamente curto mas apenas com a prática frequente e dedicação será possível alcançar este alto nível de conforto. Mesmo os instrutores mais experientes levaram anos e centenas de mergulhos para chegar à este ponto. E quando você conseguir dominar o seu medo, não o esqueça, use-o como aliado para evoluir mais.

Mas não se esqueça, o primeiro passo é querer.

 

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Filmes para quem ama o mar!

23/04/2018 | Luiz Felipe Puntel

Para você que é apaixonado pelo mar, separarmos estes 4 filmes imperdíveis em cartaz no Netflix!
Filmes e documentários sobre a vida no mar e principalmente sobre a necessidade urgente de conservação dos oceanos, que tanto sofrem em todo o mundo.

Confira a lista:

1. Jago: A Life Underwater

História de Jago, um velho mergulhador da tribo Bajau na Indonésia. Recentemente cientistas decobriram que este povo intimamente ligado ao mar sofreu uma mutação que os permite ficar mais tempo submersos!

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2. Oceanos de Plástico (A Plastic Ocean)

Este filme impactante nos mostra os estragos causados pelo plástico na natureza e nos faz repensar sobre nossas atitudes no dia a dia.

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3. Em busca dos Corais (Chasing Coral)

Um excelente documentário sobre os danos que os corais vêm sofrendo em todo o mundo. Mais um filme para nos abrir os olhos e repensar nossa postura em relação ao meio ambiente.

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4. Mission Blue

Documentário sobre o trabalho da oceanógrafa Sylvia Earle que luta bravamente contra a exploração e ameaças à vida dos oceanos. Inspiração para todos nós mergulhadores!

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Começando cedo

23/04/2018 | Luiz Felipe Puntel

Provavelmente todos nós conhecemos algum adulto que não sabe nadar ou que "morre de medo de água", certo? Você já parou pra pensar o problema sério que isso pode ser? Estas pessoas normalmente se privam de experiências legais como o mergulho, mas ainda mais importante que isso é o risco de afogamento. Seja em piscinas, lagoas ou mar, saber nadar é obrigatório para quem deseja se banhar. Indo além, vamos olhar pelo lado da sua capacidade de ajudar em um acidente. Imagine que você não sabe nadar mas está à beira de uma piscina mais funda onde um parente querido nada. Agora imagine que uma câimbra, uma tonteira ou um desmaio sem motivo aparente aconteça e você tem que ajudar seu filho, filha ou ente amado. Qual decisão você vai tomar? Entrar na piscina e arriscar a se tornar a segunda vítima ou esperar por ajuda de quem saiba nadar? E se não houver ninguém por perto?

Nosso planeta é composto em sua maioria por água e portanto nos restringir à ficar com os pés no chão é sim um grande erro.

Neste mês de janeiro estamos fazendo uma oficina de mergulho com os meninos da Colônia de Férias do Minas Tênis Clube e fiquei muito feliz com a facilidade e fluência que os meninos têm na água, mesmo os mais novos. E aí me voltou à cabeça a importância de se aprender a nadar enquanto se é criança. A criança não tem os medos que impedem os adultos de avançar. Eles simplesmente se jogam, sem pensar no que pode dar errado. Uma boa escola de natação vai dar o suporte e segurança para que seus filhos, sobrinhos, netos fiquem mais íntimos da água.

A partir de 6 meses de idade (época que o bebê já terá tomado as principais vacinas) já é possível matricular seu filho em aulas de natação e isso trará vários benefícios. As aulas de natação para bebês estreitam a ligação entre pais e filhos, ajuda em problemas respiratórios, melhora a saúde física e mental, desenvolve a auto-confiança e oferece momentos deliciosos na água.

A natação e o mergulho SCUBA.
Para um curso de mergulho SCUBA é OBRIGATÓRIO saber nadar. O aluno não precisa ter todas as técnicas de natação apuradas, mas precisa ficar confortável em ambiente aquático e conseguir nadar pequenas e médias distâncias sem correr o risco de afogamento. Alguns acreditam que não é necessário saber nadar pois o colete te "sustenta" e você não afoga. Mas e se o colete furar? E se você precisar nadar contra uma corrente para se salvar ou para alcançar um dupla pedindo ajuda? Se pensarmos nas possibilidades se torna um absurdo entrar no mar (e até mesmo em um barco) sem saber nadar.

Então amantes da água, não demorem para colocar seus filhos na natação. Além de ser diversão garantida para os dias quentes, nadar pode ser decisivo na segurança deles!

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Preparação e check de dupla

05/01/2018 | Luiz Felipe Puntel

Existem várias coisas que os alunos aprendem no curso básico e depois vão deixando de lado. Algumas demoram mais e outras infelizmente já não são lembradas no mergulho seguinte ao checkout. Uma das mais importantes que boa parte do pessoal esquece é o "Check de Dupla". Este procedimento simples e rápido pode evitar muita dor de cabeça durantes seus mergulhos. Quem nunca viu um mergulhador voltando ao barco para ajustar alguma coisa ou para pegar o cinto de lastro esquecido? Bastaria 30 segundos de check e isso não aconteceria! Mas então qual a melhor forma de check? As certificadoras ensinam isso e costumam usar acrônimos (como SEABAG no caso da NAUI), mas o mais importante é que você faça da maneira que for melhor para você e seu dupla, desde que contemplem todos os itens a serem verificados. Eu gosto muito de começar o check de baixo para cima (das nadadeiras até a cabeça). Assim fica intuitivo e você não precisa ficar decorando uma lista de coisas.

Aí vai uma sugestão para vocês.

Montagem, teste e preparação do equipamento:

1. Neoprene: neoprene não é a coisa mais fácil do mundo para se vestir e leva um pouquinho de tempo. Não espere chegar no ponto de mergulho para vestir-se pois você vai acabar fazendo tudo com pressa e aí os problemas começam a aparecer. Assim que entrar no barco vista sua roupa pela metade.

2. Nadadeiras: você deve calçar suas nadadeiras apenas quando estiver tudo pronto para o mergulho mas é importante que você verifique se elas estão prontas antes de se equipar. Verifique se as tiras de borracha e presilhas estão em bom estado. Lembre-se também de retirar o molde que vem dentro de algumas nadadeiras. Deixe as presilhas da parte de dentro dos pés abertas pois isso facilitará muito quando você fizer "o quatro" para calçá-las. Com as nadadeiras prontas, deixe-as em um lugar que você não precise abaixar depois para pegá-las, pois nessa hora você já estará equipado com seu SCUBA.

3. Cinto de lastro: Confira se seu cinto de lastro (ou bolsos de lastro integrado) estão com a quantidade correta de peso. Em um barco de mergulho você pode trocar de cinto de lastro com seu vizinho sem perceber e quando for pra água vai ter dificuldades. Uma vez conferido, vista o cinto e ajuste-o corretamente. Você deve ter aprendido como fazer em seu curso de mergulho então coloque em prática e não invente novas formas de colocar o lastro. Se você usa um sistema de lastro integrado certifique-se que os bolsos estão bem presos e não vão se soltar durante o mergulho.

4. Colete (BCD): Antes de ir pra água é primordial garantir que nosso BC está funcionando corretamente. Faça a inflagem pelo botão do Power Inflator (inflador) e oralmente. Depois esvazie o colete usando o Power Inflator e também as válvulas de exaustão. Tente perceber se há algum vazamento, pois isso poderá comprometer sua flutuabilidade principalmente na superfície.

5. Regulador: Hora de verificar se está tudo bem para você respirar debaixo d´água. Respire pelo segundo estágio, pelo octopus e teste os botões de purga em ambos. Confira se o cilindro está totalmente aberto. Se o seu regulador tem um console duplo (profundímetro e manômetro), lembre-se de zerar o "dedo duro".

6. Máscara e snorkel: prepare sua máscara com antecedência, limpe as lentes e passe o anti-embaçante. Depois pendure sua máscara e seu snorkel na torneira do cilindro. Máscaras deixadas no banco estão apenas aguardando um tempo para serem esmagadas pelo cilindro de um mergulhador voltando ao seu lugar.

7. Computador (opcional): está cada vez mais comum o uso de computadores de mergulho. Se você já tem não esqueça de verificar as configurações antes de entrar no mar. Veja se a mistura gasosa está correta, se a bateria está OK, se os alarmes estão do jeito que você gosta e se a data e hora estão corretos para evitar dúvidas ao descarregar os seus mergulhos e preencher seu logbook.

Pronto, você agora já pode se equipar quando chegar a hora.

Agora vamos ao check de dupla:

Depois de equipado, chame seu dupla e posicionem-se frente a frente.
Desta forma você irá enxergar o seu dupla mais fácil do que à você mesmo.

1. Confira o cinto de lastro e os bolsos de lastro integrado.

2. Confira o colete do seu dupla, verifique se está bem ajustado e se não há nenhuma mangueira passando por dentro das tiras. É legal que cada um faça a inflagem e desinflagem mais uma vez.

3. Respire pelo seu segundo estágio e entregue seu octopus para seu dupla para que ele possa respirar e conferir também. Ele deve fazer o mesmo com você. Confira se o seu cilindro está totalmente aberto. Lembre-se que a forma mais fácil é olhar para seu manômetro e respirar pelo regulador. Se a agulha se mexer é porque o cilindro está fechado ou mal aberto. Você pode fazer isso ao mesmo tempo que verifica o funcionamento do segundo estágio.

4. Confira se a máscara do seu dupla está com o silicone posicionado corretamente e peça a ele que faça o mesmo.

5. Faça a última verificação do computador.

6. Depois que tudo estiver OK, vá até a saída do barco, vista suas nadadeiras e bom mergulho!

Tudo fica mais fácil!
Com a prática tudo fica mais fácil e aos poucos você começará a fazer tudo isso no automático. Você vai perceber que com o passar do tempo você ficará cada vez mais eficiente e o seu mergulho ficará cada vez mais confortável e divertido. Atenção para não se acomodar e achar que já tem experiência o suficiente para não precisar destas verificações.

 

Como escolher a melhor máscara de mergulho?

26/12/2017 | Luiz Felipe Puntel


Esta é uma questão muito comum entre os alunos do nosso curso básico. E não é para menos, escolher uma boa máscara é um dos principais pontos para um mergulho confortável. Uma máscara inadequada pode se tornar um pesadelo mesmo que você esteja mergulhando no melhor ponto do mundo. Imagine você curtindo as belezas do Caribe e sua máscara alagando de 5 em 5 minutos? Não há mergulhador que consiga manter a paciência com isso e além de ser bastante chato é também um risco à nossa segurança. Lembre-se: conforto gera segurança, segurança gera diversão. Sem conforto e sem segurança é impossível fazer um mergulho divertido.
Com isto em mente, vamos à escolha da máscara!

A primeira coisa que precisamos entender é que não existe uma máscara perfeita para todo mundo. As variações de tamanho e formato do rosto impedem que exista uma máscara que seja perfeita para todos.

Em seguida precisamos entender quais são os principais componentes de uma máscara e sua respectiva função:
 

  • Corpo (ou saia): Parte em silicone que fica em contato com a pele do mergulhador e faz toda a vedação da máscara.
  • Frame (ou armação): Parte rígida que dá suporte para que as lentes de vidro fiquem presas ao corpo de silicone.
  • Lentes: peças em vidro temperado que permitem a visão.
  • Tira: tira em silicone que prende a máscara à cabeça do mergulhador.
  • Fivelas (ou presilhas): peças em plástico que permitem o ajuste da tira junto ao corpo da máscara.



Antes de analisar cada componente separadamente você deve fazer um teste de vedação. Se uma máscara não veda bem em você nada mais adianta, ela não é uma boa máscara para você.

O teste de vedação é bem simples. Basta você colocar a máscara no rosto, sem passar a tira na cabeça. Inspire levemente pelo nariz e prenda a respiração, sem deixar o ar voltar pelo nariz. A máscara deve permanecer presa ao rosto, mesmo quando você aponta o rosto para baixo. Se ao fazer este teste a máscara ficar presa, à princípio é uma boa máscara para você. Agora você pode seguir para a avaliação dos componentes.

Corpo (ou saia)
Esta é a parte mais importante para o conforto geral e a vedação da máscara. Analise se o corpo da máscara é macio o suficiente para você ficar com ele por 1 hora no rosto sem causar qualquer desconforto. Assim como tecidos de camisetas, existem máscaras mais macias e existem máscaras mais firmes. Experimente as máscaras tendo isto em mente. A fabricante Mares oferece um silicone que é chamado de Liquid Skin e oferece bastante conforto junto à pele. É importante também que por mais macio que seja o silicone da máscara ele ofereça uma sustentação lateral para que a saia não "vire do avesso" quando apertada contra o rosto, prejudicando a vedação. Isto é um problema bem comum em máscaras mais simples que tem um silicone bem macio mas que sofre deformação durante o mergulho e permite o alagamento da máscara.
Outro ponto importante é observar se seu nariz fica confortável dentro da cavidade nasal da máscara. É obrigatório que ele não fique pressionado e apertado dentro desta cavidade para que você consiga realizar a equalização adequadamente.

Frame (ou armação)
O frame da máscara diz muito sobre a durabilidade da mesma. Note se a máscara que você está analisando possui um frame resistente e bem desenhado pois isto aumentará muito a vida útil da máscara. Algumas máscaras não possuem o frame, são as chamadas frameless. Neste tipo de máscara o vidro é fixado diretamente ao corpo da máscara e em geral isto aumenta a vida útil do seu equipamento pois diminuem-se os pontos de quebra. A desvantagem é que as máscaras deste tipo tendem a ter um design menos moderno e não oferecem muita variedade de cor.

Lentes
Hoje em dia praticamente todas as máscaras próprias para mergulho oferecem lentes de vidro temperado e não há grande diferença entre eles. O que pode diferir de uma pra outra é se a máscara oferece 2 lentes (esquerda e direita) ou um vidro único. Esta é uma escolha bastante pessoal e você pode escolher a que te der melhor sensação ao vestir a máscara.

Tira e fivelas
Vista a máscara e ajuste a tira em sua cabeça, puxando lentamente as pontas livres para apertar a máscara. Observe se a tira fica confortável em você. Algumas tirar são muito estreitas e podem precisar de um strap de neoprene para ficar mais confortável e mais fácil de colocar e tirar a máscara. Com a máscara no rosto repare o campo de visão que ela oferece. O ideal é que a máscara tenha um pequeno volume interno, para que a lente fique mais próxima ao seus olhos e te aumente o campo de visão. Máscaras muito grandes vão bloquear boa parte da sua visão e isto prejudicará muito o seu mergulho.
Agora verifique se as fivelas funcionam bem para você afrouxar a tira e retirar a máscara. Existem diferentes modelos de fivela, alguns mais fáceis e outros mais difíceis de manusear. Procure um que você consiga manusear bem e que seja também resistente. Um vendedor especializado saberá te dizer sobre a resistência de cada um pois já tem experiência com vários modelos de equipamentos.

Conclusão
Agora que você já sabe avaliar uma máscara, experimente alguns modelos e escolha uma que atenda melhor. É importante saber que nem sempre a mais bonita será a melhor e que o preço é normalmente proporcional à qualidade dos materiais usados na construção da máscara.

Mas se ainda ficou alguma dúvida manda pra gente aí nos comentários ou então ligue pra gente! Abraços e bons mergulhos à todos!